Interrogações

A Poetisa Das Constelações
2 min readJan 29, 2021

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I

Sinto falta do teu cabelo enrolado no meu peito
Tua respiração ofegante no meu ouvido
A nossa sincronia intrepidamente calma
E histericamente profunda
É a realização de um sonho vívido
Teu beijo quente e escorpiano
Teu olhar negro e atrevido
Desinibido
Cartesiano
Que sempre despe toda minha alma
E mesmo assim parece tão fingido

Agora tudo isso só são memórias
Conscientes e inconscientes
Que
Pelo jeito
Só vivem no lado esquerdo
Da minha cama vazia
Que só são reais agora nas nossas mentes

II

Suas palavras já não me dizem nada
Seus olhos nem parecem brilhar
E eu não consigo imaginar
Como que você está

Seu silêncio estridente
Que me arrepia e me deixa alucinada
Alimentando esse meu medo de me entregar
Corrói de fora pra dentro
Tudo aquilo que eu acho que você sente
Tudo aquilo que você pensa que é dor

A distância toma conta de achismos em achismos
Metodicamente
Afinal, Interrogações não fazem histórias de amor

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Texto escrito dia 1° de Dezembro de 2020

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A Poetisa Das Constelações

Por trás dessa minha calmaria, existem guerras. Mais além dessa minha juventude, existem eras. A noite sempre aguarda os gatos pardos